ONU e Brasil vão estimular criação de Conselhos de Desenvolvimento Social em outros países

18/01/2006 - 18h48

Bianca Paiva
Da Agência Brasil

Brasília - O governo brasileiro e a Organização das Nações Unidas (ONU) firmaram hoje (18) memorando de entendimento para "promover troca de experiências e inovação na promoção do funcionamento de Conselhos de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). O convênio implementa o programa Conselhos Econômicos e Sociais para a América Latina.

De acordo com o documento, o objetivo é "promover, fortalecer e estimular a criação de conselhos em países interessados da região como nova instituição democrática para promover diálogo e participação nos governos, por meio da ação conjunta da ONU e do Governo".

Segundo o assessor especial para Relações Internacionais da Presidência da República, Fernando Schimidt, o memorando representa o reconhecimento, pela ONU, do trabalho realizado pelo conselho brasileiro. "A ONU está reconhecendo a seriedade de nosso trabalho e tomando o conselho brasileiro como referência para que, inclusive com o apoio dela, a expansão da cultura do diálogo social referenciada na experiência brasileira possa ser partilhada em toda a América Latina", disse Schimidt.

"A partir do memorando de entendimento, quem sabe dentro do período de um ano e meio, nós tenhamos a presença de conselhos econômicos e sociais em quase todos os países da América Latina?", observou o assessor da Presidência.

"No meu modo de ver, consolidado esse projeto de diálogo social na América Latina, através da institucionalização do conselho, quem ganha é a democracia, sobretudo a participativa. E Através dela o próprio processo de desenvolvimento que passa a ser fruto da interação de dois atores imprescindíveis: governo e sociedade", acrescentou Schimidt.

O memorando foi assinado durante o encontro Mobilização e Diálogo Social para Promover o Avanço dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que terminou hoje (18). O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social foi criado há três anos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.