Culto ecumênico relembra quatro anos da morte de Celso Daniel na sexta-feira

18/01/2006 - 14h15

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Na semana em que se completam quatro anos da morte do prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, será realizado um ato ecumênico para homenagear o prefeito. A cerimônia será celebrada pelo padre Vanderlei Ribeiro, na igreja Nossa Senhora do Paraíso, localizada no cemitério Assunção, em Santo André, no ABC paulista, onde Celso Daniel está enterrado. A missa deve ocorrer na sexta-feira (20) e será seguida por shows que marcarão o Dia Municipal de Combate à Violência Urbana, criado em homenagem ao prefeito.

Em 18 de janeiro de 2002, Celso Daniel foi seqüestrado. Dois dias depois, foi encontrado morto em uma estrada de terra em Juquitiba, grande São Paulo. Um laudo complementar sobre as circunstâncias da morte do prefeito, assinado pelo médico-legista Paulo Vasques, afirma que ele teria sofrido tortura antes de ser assassinado. O primeiro laudo, feito pelo legista Carlos Delmonte Pires, morto em outubro do ano passado, sustenta a mesma idéia e afasta a possibilidade de crime comum. A polícia diz que o prefeito foi vítima de seqüestro seguido de morte.

O acusado de atirar em Celso Daniel, L.S.N., que tinha 16 anos na época do crime, está foragido da Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor (Febem) desde o dia 29 de junho de 2005. Ele foi internado em 21 de junho de 2002, após confessar o crime e apontar o nome do mandante. Quando fugiu, L.N.S. estava detido em regime de semi-liberdade, no qual foi colocado após completar três anos na Febem.

Segundo a assessoria de imprensa da Febem, L.S.N. era considerado um interno que "não dava trabalho". Além de trabalhar como monitor em uma escola estadual aos domingos, ele estudava Educação Física como bolsista do Programa Escola da Família em uma universidade em Mogi das Cruzes.