Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - A Petrobras deve fechar o ano de 2005 com cerca de 1,8 milhão de barris diários de petróleo processado. A estimativa é do diretor de Abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa. Ele disse que até domingo (15) deve ter em mãos os dados do fechamento da demanda geral por produto. Com as informações de que dispõe hoje, porém, o executivo avalia que a meta estabelecida para o ano - de crescimento entre 2,6% e 2,8% sobre 2004 - não deve ser alcançada. No acumulado janeiro/novembro, o consumo ficou perto de 2%.

Pesam para isso o crescimento do Produto Interno Bruto (soma de todas as riquezas do país), que "ficou abaixo da previsão inicial" e a quebra da safra agrícola, principalmente na região sul do país, o que levou ao menor consumo de derivados, com destaque para o diesel, disse Costa.

A Petrobras esperava que em 2005 houvesse aumento de consumo de produtos como diesel e gasolina, estabilização para o gás liquefeito de petróleo (GLP - gás de cozinha), nafta e querosene de aviação e queda para o óleo combustível, que vem sendo substituído pelo gás natural. "Os principais produtos que têm influenciado para mais são diesel e gasolina e, para menos, o óleo combustível", disse Costa.

A expectativa para o exercício de 2005 é de redução da demanda e também da importação de derivados, devido à entrada em operação da segunda unidade de coque (tipo de combustível) da refinaria de Paulínia (Replan). Com capacidade para 5 mil metros cúbicos, a operação da unidade significa mais 30 mil barris diários de processamento. "Esse coque foi o grande alavancador para o aumento do processamento do petróleo brasileiro e, com certeza, propiciou à companhia a redução da importação de derivados", o que levou ao aumento da exportação de petróleo, analisou o diretor.

Para 2006, a meta inicial é crescer em torno de 2,6%. A programação para os próximos cinco anos deverá, contudo, ser revista, indicou o diretor.