Presidente da CPI dos Correios diz que é preciso ouvir representantes da Caixa, BMG e INSS

06/01/2006 - 12h47

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), considera "absolutamente necessário" ouvir representantes da Caixa Econômica Federal (CEF), do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e do Banco de Minas Gerais (BMG) a despeito do relatório preliminar do Tribunal de Contas da União (TCU) que aponta indícios de irregularidades entre operações envolvendo essas instituições.

"Acho que é absolutamente necessário que se ouça a CEF, o BMG e o INSS para que a gente tenha um equilíbrio nas investigações e entenda por que foi feita essa operação, para que a gente não venha cometer nenhuma injustiça", disse.

Está prevista para hoje (6), às 14 horas, uma entrevista coletiva do vice-presidente da CEF, Fernando Nogueira, que deve explicar a operação de compra, pela Caixa, da carteira de empréstimos consignados (com desconto em folha de pagamento) concedidos pelo banco BMG a aposentados e pensionistas do INSS.

De acordo com um ofício encaminhado à CPMI pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a auditoria do TCU aponta para problemas de gestão que teriam começado no INSS. De acordo com o senador, o órgão teria firmado convênio com o BMG, "afrontando a instrução normativa interna que limitava os créditos consignados apenas às entidades pagadoras de benefícios previdenciários". O convênio assinado autorizou a concessão de empréstimos por telefone e obrigou o INSS a repassar sua base de dados ao BMG.