Ministro defende maior abertura no setor de tecnologia da informação

12/09/2005 - 22h53

São Paulo, 12/9/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, defendeu hoje (12) uma abertura maior da economia brasileira nos setores industriais em que as proteções são muito altas e citou, como exemplo, o de tecnologia da informação.

Em palestro no 2º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas, após esclarecer que o ministério não pensa em propor, de forma unilateral e indiscriminada, uma redução de alíquotas de importação sobre produtos industrializados de países ricos, Palocci disse que queria ainda esclarecer sua posição sobre outros aspectos dessa questão.

Um desses aspectos é o da concorrência desleal que, segundo o ministro, "não se resolve com regras de entrada, mas com ação contra o que é desleal – salvaguardas, antidumping etc". E outros aspectos que o ministro disse ver como negativos e que gostaria de colocar em debate referem-se a "alguns setores que nós mantemos com uma proteção efetiva muito alta, como o de tecnologia da informação". Palocci disse que "o nível de proteção efetiva na tecnologia da informação não faz bem ao parque industrial brasileiro como um todo".

Na opinião do ministro, "nós devemos transitar para uma posição mais adequada, mais aberta nesse campo, porque os benefícios dessa abertura vão se expressar de forma horizontal em toda a economia brasileira. Eu penso que essa disposição nós devemos ter, mas não há conflito no governo quanto a isso, são apenas proposições que estão se construindo".

Ainda em referência à necessidade de o país em formular propostas para obter ganhos nas negociações dentro da Organização Mundial do Comércio, Palocci disse: "Nós devemos dar um passo, neste ano, na conquista de acordos comerciais mais ousados. Isso vai fazer bem para o Brasil. Isso não adianta a gente querer, porque como se trata de vários, todos têm de querer, é uma coisa muita lenta".

O 2º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas será encerrado amanhã (13).