Assentamento vai beneficiar mil famílias de trabalhadores rurais em Mossoró (RN)

20/12/2003 - 14h43

Adriano Gaieski
Enviado especial

Mossoró - A desapropriação da Fazenda Maisa (19,7 mil hectares), em Mossoró, para fins de reforma agrária, cujo documento de imissão de posse foi assinado há pouco na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da governadora do Rio Grande do Norte, Vilma Faria, e ministros, resultará em um assentamento para mil famílias e gerará cinco mil empregos diretos e mais cinco mil indiretos, de acordo com estimativa da Prefeitura da cidade potiguar. A Fazenda Maisa foi uma grande produtora de melão, porém a atividade entrou em declínio devido a dificuldades econômicas.

Lula prometeu voltar à fazenda em dois anos, em 20 de dezembro de 2005, para ver de perto os primeiros resultados do assentamento na Fazenda Maisa. "Quero me certificar do que foi feito certo e o que foi feito errado. "Essa será uma fazenda modelo. Vocês podem nos cobrar", disse Lula.

O presidente afirmou, ainda, que não quer que sobre "um centavo" do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf). Deseja, aliás, que todo o dinheiro seja utilizado.

Lula reafirmou que seu governo fará a transposição das águas do São Francisco. Porém, o presidente disse, antes disso, será necessária primeiramente a revitalização do rio.

Ele também prometeu que a Petrobras colocará para funcionar o poço em que foi descoberta uma vazão de água de 300 mil litros por hora. "Não é possível um poço dessa dimensão estar inoperante, enquanto o povo tem sede", disse Lula. Se comprometeu, inclusive, a tomar banho com a água do poço.

Durante o evento de desapropriaçãlo , o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou novamente o boné do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sendo aplaudido por populares.