Brasília, 29/5/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, verá, pessoalmente, no próximo dia 2 de junho, a retomada das obras para conclusão da barragem do Açude Castanhão, localizado no município de Alto Santo, a 253 km ao sul de Fortaleza, no sertão cearense. A bacia do reservatório ocupa áreas de outros três municípios - Jaguaribara, Jaguaribe e Jaguaretama. O Castanhão será o maior açude do Brasil, com capacidade para represar 6,7 bilhões de metros cúbicos de água, duas vezes o volume da Baía da Guanabara.
O ministro vai ao Castanhão depois de participar, pela manhã, do seminário sobre a reestruturação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em Fortaleza, na Assembléia Legislativa do Ceará. Ciro Gomes estará acompanhado do diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Eudoro Santana, e assinará convênio para a construção da estação de piscicultura, com investimento de R$ 1,5 milhão. A nova unidade do Dnocs para criação de peixes produzirá, quando pronta, até dezembro próximo, 35 milhões de alevinos por ano, e usa a estrutura do canteiro de obras do açude. Esse aproveitamento implica economia de R$ 4,5 milhões no investimento.
Para completar a barragem, que tem 1.250 metros de extensão, faltam apenas 5% de movimentação de terra e concreto no seu coroamento. Para isso, o Governo Federal, por meio do Ministério da Integração Nacional, investirá mais R$ 18 milhões, que serão repassados pelo Dnocs. A executora da obra é a Construtora Andrade Gutierrez. Nas condições atuais - 95% do projeto está pronto - o Castanhão, que barra o rio Jaguaribe, já tem condições de acumular 2,99 bilhões de metros cúbicos (m³) d´água, dos quais 530 milhões de m³ estão armazenados em conseqüência da última estação de chuvas. A válvula dispersora, numa vazão de 8 m³ por segundo, pereniza o Jaguaribe até a foz, no município de Aracati, no litoral leste do Ceará.
O nordeste conta com outros açudes de menor porte, construído pelo Dnocs, como a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Açu, no Rio Grande do Norte, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos (m³). No Ceará, o Orós, no município de mesmo nome, também construído pelo departamento, tem capacidade para acumular até 2,1 bilhões de m³ de água.
Desde janeiro deste ano, as obras do Castanhão estavam paralisadas porque o Governo Federal decidiu examinar cada um dos contratos de licitação no âmbito dos diferentes ministérios. No caso do Açude Castanhão, o próprio ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, cumprindo orientação do presidente Lula, renegociou as bases financeiras contratuais com a Construtora Andrade Gutierrez, obtendo uma considerável redução de custos e a racionalização dos serviços.
