Governo brasileiro quita parte da dívida com FMI e adia novo saque

16/04/2002 - 18h08

Brasília, 16 (Agência Brasil - ABr) - O governo brasileiro pagou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) aproximadamente US$ 4,2 bilhões de Direitos Especiais de Saque (DES) pelo empréstimo retirado em 28 de setembro do ano passado (sem incluir o pagamento dos saques feitos no mesmo dia pelo programa "stand by" cujo valor aproximado foi de US$ 450 milhões), e decidiu não sacar os recursos a que teria direito, junto ao FMI - cerca de US$ 4,6 bilhões. De acordo com o ministro da Fazenda, Pedro Malan, o atual cenário econômico permitiu zerar parte das obrigações do Brasil com o Fundo. "As condições da economia internacional têm melhorado", justificou. Segundo nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, as condições gerais da economia internacional possibilitaram ao Brasil fazer captações com credores privados como forma de satisfazer a rolagem das dívidas do setor público, estimadas em US$ 3,1 bilhões para este ano. "Desde janeiro, foram captados US$ 3,9 bilhões. O fluxo de investimentos diretos de outubro a fevereiro totalizou US$ 9 bilhões, sendo que em janeiro e fevereiro de 2002 o total de investimentos diretos foi de cerca de US$ 2,3 bilhões", diz a nota. O acordo firmado com o FMI em setembro de 2001, prevê um empréstimo de cerca de US$ 15,2 bilhões. Até o momento o Brasil sacou aproximadamente US$ 4,6 bilhões.