Governo estende socorro a municípios do Sul

08/05/2002 - 19h39

Brasília, 8 (Agência Brasil - ABr) - Os pequenos agricultores de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul que perderam safras devido à seca no Sul do país receberão recursos do programa Bolsa Estiagem. O anúncio da liberação de verba foi feito pela ministra interina da Integração Nacional, Dayse Kinzo, depois da assinatura da medida provisória pelo presidente Fernando Henrique.

O Bolsa Estiagem vai pagar R$ 120 a cada uma das 67,9 mil famílias em Santa Catarina e a 42,1 mil pequenos agricultores no Rio Grande do Sul. Programas de atendimento às vítimas da seca eram dirigidos apenas ao Nordeste e ao Norte de Minas Gerais, áreas do semi-árido brasileiro. Os municípios prejudicados pelas chuvas do ano passado também serão beneficiados.

Cerca de R$ 10 milhões serão empregados na reconstrução e recuperação da infra-estrutura urbana e rural afetada pelas enchentes: pontes, estradas e residências. "Os recursos vêm em uma hora importante, é um gesto de justiça", avaliou o governador Espiridião Amin. "Evitamos perdas humanas, mas os prejuízos foram vultosos", justificou.

Os municípios com planos de trabalho já aprovados pela Secretaria Nacional de Defesa Civil serão os primeiros a receber os recursos. As obras devem ser executadas em 120 dias e a prestação de contas enviada em no máximo 60 dias ao Ministério da Integração. Os prefeitos comemoraram a ajuda do governo federal.

Em 24 municípios de Santa Catarina, pequenos agricultores receberão os recursos do Bolsa Estiagem e de convênios assinados com o Ministério para reconstruir a estrutura atingida pela chuva. "Ninguém contava com esses estragos, então os recursos são muito bem vindos", explica o prefeito de Braço do Norte, Ademir da Silva Matos, conselheiro fiscal da Federação Catarinense de Municípios (Fecam). "A sobrevivência das famílias está em risco e a ajuda do governo é de fundamental importância".

Dayse Kinzo festejou ainda a aprovação no Senado de projeto que destina recursos ao Programa Grande Fronteira do Mercosul, que será executado em municípios do Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. "Isso significa que trabalhamos no sentido de representar a sociedade e acreditamos na importância do federalismo cooperativo", justificou.