Carta do Brasil sobre ativista será analisada pela Rússia na quinta-feira, diz chanceler

15/10/2013 - 18h55

Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A carta de garantia enviada pelo Brasil ao governo russo sobre a ativista brasileira do Greenpeace Ana Paula Maciel, presa na cidade de Murmansk após um protesto, será analisada pelas autoridades russas na quinta-feira (17). A informação foi divulgada hoje (15) pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo. Na carta, o Brasil assegura que a ativista irá comparecer aos procedimentos judiciais caso seja libertada. 

O chanceler disse ainda ter telefonado na semana passada para o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, para pedir que ele transmitisse ao primeiro-ministro Vladimir Putin o empenho da presidenta Dilma Rousseff em ver a situação de Ana Paula resolvida. A ligação atendeu a uma determinação da presidenta, que na última quinta-feira (10) usou sua conta no Twitter para contar que solicitou ao Itamaraty “contato de alto nível” com as autoridades russas para falar sobre o caso da biológa.

Figueiredo voltou a informar que a Embaixada do Brasil em Moscou acompanha de perto o caso. O ministro determinou o envio de um agente consular a Murmansk assim que o Ministério das Relações Exteriores tomou conhecimento da prisão. “Por conta disso, ela pôde ter os seus direitos absolutamente garantidos. Essa atuação viabilizou contato telefônico da Ana Paula com a família, o que é muito importante psicologicamente. Também temos sido intermediários da correspondência dela com os familiares. Levamos livros em português, revistas, que possam atendê-la do ponto de vista psicológico”, disse o chanceler, após a 6ª Reunião da Comissão Mista Ministerial de Cooperação Política, Econômica, Científica, Tecnológica e Cultural Brasil-Índia. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, Salman Khurshid, está no Brasil e participou do encontro.

Ana Paula participou de um protesto do grupo Greenpeace contra uma plataforma de petróleo no Ártico, no dia 18 de setembro. A brasileira e mais 29 tripulantes do navio Artic Sunrise foram presos acusados de pirataria.

 

Edição: Carolina Pimentel

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