Exportação de carne suína deve fechar ano abaixo da meta estipulada pelo setor

10/10/2013 - 16h53

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A exportação de carne suína no Brasil deverá ficar abaixo da meta deste ano, informou hoje (10) a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Segundo a Abipecs, de janeiro a setembro, as vendas externas somaram 389.289 toneladas e, nos próximos três meses, deverão ser exportadas mais 150 mil toneladas, total que, somado ao volume obtido até setembro, ainda fica distante da meta de 600 mil toneladas estimada pelo setor para este ano.

“A meta de 600 mil toneladas neste ano fica mais difícil de ser atingida, considerando-se que a estimativa de exportação mensal, nos próximos três meses, é, em média, 50 mil toneladas [por mês]”, disse o presidente da Abipecs, Rui Eduardo Saldanha Vargas.

Nos primeiros setes meses do ano, houve queda de 9,09% nas exportações de carne suína em comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita somou US$ 1,013 bilhão, o que representou queda de 6,88% na mesma base de comparação ao ano passado.

Em setembro, as exportações somaram 45.996 toneladas, com US$ 123,65 milhões de receita. Isso significou queda de 23,90% em volume e de 21,56% de receita em relação ao mesmo mês de 2012. “Os números refletiram o cenário do momento em relação à redução dos abates, que já ocorre há dois meses, a reação dos preços, o consumo interno e as dificuldades de logística nos portos durante uma semana, em setembro. Esse conjunto de fatores determinou a queda das exportações no mês", disse o presidente da Abipecs.

Vargas ressaltou, porém, que não se deve desconsiderar que setembro é o mês da negociação de preços e volumes para os principais mercados do Brasil, especialmente para as vendas do final do ano.

A Rússia, com participação de 26,87% no ano, mantém-se como principal mercado para a carne suína brasileira. Já as vendas para a Ucrânia tiveram a maior queda no ano para o setor (-45,13% em volume), devida, principalmente, a um embargo temporário (de março a junho) ao produto brasileiro.

Na época, o governo ucraniano alegou que foi detectada a presença da bactéria listéria (Listeria monocytogenes) em diversos contêineres enviados pelo Brasil, mas o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento comprovou que não houve contaminação.

Edição: Nádia Franco

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