Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A nova Estação Antártica Comandante Ferraz, que deverá ser inaugurada em 2015, será dotada de modernos instrumentos de pesquisas que facilitarão os projetos desenvolvidos pelos cientistas. Para isso, segundo Janice Romaguera Trotte Duhá, coordenadora-geral para o Mar e Antártica, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o órgão trabalhou com a comunidade científica.
“Em várias ocasiões, nós conseguimos fazer uma melhoria de um padrão instrumental. Hoje, por exemplo, nós discutimos a necessidade imperativa de termos uma câmera hiperbárica que nos permite fazer um mergulho na região Antártica”, disse. Na avaliação de Janice, essas alterações repercutem no custo final da estação. “Custo esse vinculado à melhoria do apoio que nós possamos dar à ciência na Antártica”, completou. A construção da nova estação está avaliada em cerca de R$ 100 milhões.
Ela participou hoje (10), no Rio, da solenidade de entrega à Marinha do projeto executivo da nova estação, elaborado pelo Estúdio 41, de Curitiba (PR). O escritório foi o vencedor do concurso internacional promovido com essa finalidade pela Marinha e coordenado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). A estação será construída no mesmo lugar onde funcionou a unidade anterior, destruída por um incêndio, no dia 25 de fevereiro do ano passado.
De acordo com a coordenadora, a maior parte dos projetos que estavam sendo desenvolvidos na estação anterior não ficou parada. Segundo Janice, por meio do esforço conjunto entre os ministérios da Defesa, Ciência, Tecnologia e Inovação e Meio Ambiente, com apoio de navios da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha, elas puderam continuar. “Em uma análise muito fria, eu diria que nem 10% das atividades científicas foram prejudicadas em função desse exercício de realocação que nós fizemos”.
O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Brandão Cavalcanti, presente à cerimônia, disse que a antiga estação refletiu um período pioneiro, em que o Brasil estava aprendendo a operar na Antártica, e com o conhecimento acumulado desde 1984, a nova estação “está sendo construída no signo da permanência”.
Edição: Aécio Amado
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