Dia Nacional de Lutas: 2 mil participam de ato em frente ao INSS de São Paulo

30/08/2013 - 13h04


Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Duas mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, estão concentradas hoje (30) em frente ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no centro da capital paulista, em um dos atos que marcam o Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, organizado pelas centrais sindicais. Cerca de 100 aposentados, segundo o sindicato da categoria, passaram a madrugada no local em vigília. A pauta unificada dos trabalhadores inclui, entre outros pontos, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim das terceirizações.

As manifestações de hoje ocorrem 50 dias após o ato nacional de julho. Paulo Barela, integrante da secretaria executiva da Central Sindical e Popular Conlutas, avalia que, nesse período, não houve progresso nas negociações da pauta apresentada pelos trabalhadores. “O governo [federal] no último período tem chamado para reuniões com as centrais. Antes, nem estava chamando mas, na verdade, não houve avanço [na pauta] até o momento. Por isso, estamos fazendo essa manifestação hoje para pressionar”, declarou. Servidores públicos vinculados à Conlutas participaram deste ato.

A mesma avaliação faz o presidente nacional da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva. “Estamos fazendo reunião para convocar outra reunião. Isso não faz a pauta avançar”, criticou. Ele sugere ainda a necessidade de mudanças na política econômica. “Câmbio louco, juros altos, isso leva a investimentos na especulação. Para ter emprego, é preciso que haja investimento na produção”, avaliou. Além dos aposentados, costureiras, químicos, trabalhadores da construção civil e metalúrgicos participaram da mobilização no centro da capital paulista.

Os organizadores não indicaram o total de categorias mobilizadas em todo país, pois ainda será feito um balanço. Também participam do ato em São Paulo trabalhadores da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Parte dos manifestantes seguirá para a Praça da República, na região central, onde irão se encontrar com outro grupo e seguir em passeata à Avenida Paulista.

Edição: Denise Griesinger
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