Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As mais recentes produções cinematográficas nacionais e internacionais que tratam, direta ou indiretamente, de questões ligadas à preservação do planeta podem ser vistas no 3º Filmambiente – Festival Internacional de Audiovisual Ambiental, que vai de hoje (30) até 5 de setembro no Rio de Janeiro. São 68 filmes, de longa e curta-metragens, distribuídos entre uma mostra competitiva e cinco paralelas, abrangendo os gêneros documentário, ficção e animação.
Todas as sessões têm entrada franca e ocorrem em quatro espaços culturais da cidade: Espaço Itaú de Cinema, em Botafogo (onde serão exibidos os filmes da mostra competitiva); Instituto Moreira Salles, na Gávea; Museu do Meio Ambiente, no Jardim Botânico, e Instituto Italiano de Cultura, no Centro. Além disto, haverá sessões de cunho social, em parceria com a Prefeitura do Rio, na Arena Cultural Chacrinha, em Pedra de Guaratiba, na zona oeste, e na Nave do Conhecimento, no Parque Ecológico de Madureira, na zona norte.
O tema central desta edição do Filmambiente aborda o uso de agrotóxicos na produção de alimentos. O assunto será destacado em uma das mostras paralelas, na qual nove documentários tratam das soluções já encontradas para melhorar a alimentação humana e também da continuidade do uso de produtos tóxicos na agropecuária.
Com 12 documentários e 21 curtas-metragens, a mostra competitiva exibirá em sua sessão de abertura hoje, às 21h, no Espaço Itaú de Cinema, o filme Caçadores de Fruta, produção canadense dirigida por Yung Chang, que estará presente. O documentário conta a história de aventureiros que percorrem diversos lugares do mundo com a esperança de localizar e interferir antes que frutas sejam pasteurizadas pela industrialização.
“Os filmes tratam de forma ampla da questão ambiental, que hoje também abrange o desenvolvimento sustentável e a questão da pobreza. São muitas as questões, que vão além dos problemas especificamente ambientais”, disse a diretora e idealizadora do festival, Suzana Amado.
Segundo Suzana, um exemplo dessa diversidade é o filme de encerramento do festival. Os Meninos de Kinshasa, produção belga com direção de Mark-Henri Wajnberg, é um filme de ficção sobre crianças de rua da cidade africana, capital do Congo, que formam uma banda para escapar do estigma de que são alvo.
“Tanto na competição como das mostras paralelas, temos filmes apresentados recentemente em festivais internacionais de prestígio, como os de Veneza, Toronto e Nova York”, disse a diretora do evento. O Filmambiente faz parte do Green Film Network, associação de festivais internacionais ambientais que conta com 19 eventos do gênero espalhados pelo mundo.
Os filmes da mostra competitiva concorrem aos prêmios do júri popular de melhor filme e do júri oficial de melhor documentário, melhor curta-metragem e ao prêmio de relevância jornalística, concedido pela Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental. A programação completa e os horários das sessões podem ser consultados no site www.filmambiente.com.
Edição: Aécio Amado
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