Polícia usa bombas de gás para dispersar protesto no Congresso Nacional

20/06/2013 - 21h31

Marcelo Brandão*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Um grupo de manifestantes tentou furar o bloqueio da polícia em frente ao Congresso Nacional e os policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar as pessoas. Houve corre-corre no momento do tumulto. Muitas pessoas tentando fugir da fumaça do gás e com dificuldade de enxergar.

O grupo de manifestantes também jogou nos policiais artefatos, uma espécie de bombinha. Mais de 20 mil pessoas participam do protesto, segundo estimativa da Polícia Militar. Após a ação policial, o grupo se deslocou para o Itamaraty onde invadiu o prédio e quebrou vidros, além de atear fogo.

Mais cedo, uma pessoa foi detida por ter furado o cordão de isolamento e entrado no prédio do Congresso Nacional, segundo a Polícia Legislativa.

O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniu com três estudantes da Universidade de Brasília (UnB) para tentar mediar um encontro com lideranças do movimento. Porém, não houve nenhuma definição. "O importante é deixar uma vez mais claro que o Parlamento continua aberto ao povo. E o Parlamento terá a humildade e a compreensão que a política tem que ser reinventar sempre. A maior demonstração que o Parlamento pode dar como Casa do povo é estabelecer nova agenda em função das manifestações", disse Renan.

No início da noite, o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, deputado André Vargas (PT-PR), disse que uma das dificuldades em conversar com os manifestantes é a falta de uma liderança. "Havendo possibilidade de uma reunião com líderes vamos fazer. Não estamos encontrando ninguém com essa representatividade", disse.

O protesto, organizado por meio das redes sociais, é contra os gastos públicos com a Copa das Confederações, defende mais recursos para educação e saúde e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 37), que limita o poder de investigação do Ministério Público. O movimento não tem lideranças única e é apartidário, segundo os participantes.

* Colaborou Mariana Jungmann

 

Edição: Carolina Pimentel

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