Brasileiros usam cartazes e faixas para expressar reivindicações

20/06/2013 - 22h21

Da Agência Brasil

Brasília - Nos protestos por todo o país hoje (20), os manifestantes têm mostrado, com criatividade, em cartazes e faixas suas reivindicações plurais, insatisfações e anseios. Na capital federal, os brasilienses pediram "Reforma política já" e respeito aos direitos dos animais. Os manifestantes também pedem paz e que a polícia não use balas de borracha.

Os manifestantes  protestam contra a corrupção no país e a Proposta de Emenda à Constituição 37 (PEC 37), que limita o poder de investigação do Ministério Público. Um dos cartazes dizia "Ou para a roubalheira ou paramos o Brasil". Em Brasília, o protesto reuniu mais de 20 mil pessoas em frente ao Congresso Nacional, segundo estimativa da Polícia Militar. Os manifestantes ocuparam o gramado de forma pacífica, porém um pequeno grupo invadiu o Palácio do Itamaraty e promoveu um quebra-quebra no prédio.

 

Em São Paulo, cerca de 100 mil pessoas, conforme a Polícia Militar, ocuparam a Avenida Paulista. Os protestos na capital paulista contra o reajuste da tarifa do transporte público incentivaram as manifestações no restante do país. Após a manifestação popular, a prefeitura e o governo de São Paulo anunciaram a revogação do aumento das passagens do transporte coletivo. No ato de hoje, os paulistanos carregam cartazes pedindo uma "Uma vida sem catraca" além de justiça e liberdade de expressão. No meio da multidão, um grupo com rosto pintado de verde e amarelo expressava suas reivindicações usando nariz de palhaço.

 

No Rio de Janeiro, os cariocas voltaram às ruas e ocuparam o centro da cidade. Um manifestante estampava a frase "Nossa Arma" em um cartaz que representava um título de eleitor. Outros pediam mais investimento na educação: "Educação merece respeito. Salário de fome". Um manifestante pintou o corpo com as cores da Bandeira do Brasil e segurava um cartaz com a frase: "Educação padrão Fifa". Nos protestos, os participantes têm criticado os gastos públicos com as obras das copas da Confederação e do Mundo de 2014, como a construção dos estádios que atenderam às exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa). 

Edição: Carolina Pimentel

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