A pedido de Dilma, celebração ecumênica homenageia vítimas de incêndio em Santa Maria

07/02/2013 - 21h08

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Uma cerimônia ecumênica homenageou hoje (7) as vítimas do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), na madrugada do último dia 27. A celebração, feita na Catedral Metropolitana de Brasília,  foi organizada a pedido da presidenta Dilma Rousseff.

“Foi uma iniciativa da presidenta. Ela quis demonstrar que o coração dela também pulsa com a comunidade de Santa Maria”, disse a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

Conduzida pelo arcebispo de Brasília, dom Sérgio da Rocha, a cerimônia reuniu líderes das igrejas luterana, anglicana, presbiteriana e síria-ortodoxa. Representantes de religiões não cristãs também participaram da homenagem.

O número de mortos na tragédia até o momento é 238. Ainda há 65 pacientes hospitalizados, segundo a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul. Desses, 18 ainda precisam de ventilação mecânica para respirar. Nas últimas 24 horas, dez pacientes receberam alta.

As vítimas foram lembradas durante toda a cerimônia. Em uma das homenagens, um grupo de jovens levou uma bandeira de Santa Maria e rosas vermelhas ao altar. “Estamos nos unindo com a  dor da população de Santa Maria. É um sentimento de todo o Brasil. Precisamos transmitir a essas famílias a esperança da renovação”, disse o representante da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, dom Maurício Andrade

Dom Sérgio da Rocha disse que “Santa Maria se tornou o Brasil e o Brasil se tornou Santa Maria”, em nome da solidariedade às famílias que perderam os filhos no incêndio. “Sentimos profundamente a morte trágica de tantos jovens que nem chegamos a conhecer pessoalmente, mas sentimos esse momento unidos ao povo de Santa Maria, especialmente aos familiares. Nos unimos como se esses irmãos vivessem há muito tempo em nossa própria casa”.

Durante o sermão, o arcebispo disse que a dor pelas mortes em Santa Maria tem que ser traduzida em medidas concretas para evitar novas tragédias semelhantes.

Cerca de 300 pessoas acompanharam a cerimônia. Parlamentares e autoridades eram maioria, entre eles, os ministros da Saúde, Alexandre Padilha; da Defesa, Celso Amorim; dos Transportes, Paulo Sérgio Passos; das Comunicações, Paulo Bernardo; da Educação, Aloizio Mercadante; das Relações Exteriores, Antonio Patriota; do Trabalho, Brizola Neto; da Pesca, Marcelo Crivella; da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho; das Relações Institucionais, Ideli Salvatti; do Planejamento, Miriam Belchior; da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage e  da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, também acompanhou a celebração, sentado ao lado da presidenta.

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Edição: Fábio Massalli

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