Família paulista deve gastar R$ 260 em presentes para o Natal

06/12/2012 - 12h33

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

 

São Paulo – As famílias paulistas deverão gastar, em média, R$ 260 em presentes para o Natal deste ano. A estimativa é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Segundo a entidade, o preço de cada presente deverá variar de R$ 60 a R$ 65, superior aos dos Natais de 2011 (R$ 55,12) e 2010 (R$ 57,57).

No total, as famílias da capital e região metropolitana de São Paulo deverão gastar de R$ 1,7 bilhão a R$ 1,8 bilhão em presentes. Em relação a 2011, o montante será cerca de 7% maior.

A previsão da FecomercioSP se baseia no forte desempenho, em 2012, do comércio varejista do estado, que deverá fechar o ano com faturamento de R$ 429,1 bilhões, 7% acima dos R$ 379 bilhões registrados em 2011. O montante representa 30,2% do faturamento nacional do setor.  

O resultado de 2012 também fez com que a entidade apostasse em um crescimento, maior ainda, em 2013. “Imagine que, se a indústria não tivesse caído este ano como caiu, o nível de emprego teria se expandido, a atividade industrial geraria mais renda, e o desempenho da economia seria muito maior”, disse o diretor executivo da Fecomercio, Antonio Carlos Borges.

A entidade destacou ainda que o setor está conseguindo se descolar do desempenho do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) por depender de fatores já consolidados na economia brasileira. “O comércio vive descolado desses comportamentos dos setores na medida em que ele depende da renda real dos consumidores, do nível de emprego, das concessões de crédito que, no caso brasileiro, estão bem consolidados”, disse.

De acordo com a entidade, os estímulos ao consumo, a redução da taxa média de juros, a facilidade de crédito, a elevação real do salário mínimo e os baixos índices de desemprego foram os principais fatores que atuaram para o resultado positivo do setor em 2012.

“E vai continuar assim em 2013. Com todos esses elementos e uma consolidação do comportamento do consumidor, que está administrando melhor seu orçamento, é possível que isso [o bom resultado] se repita no próximo ano”, disse Borges.

No entanto, o diretor executivo da FecomercioSP ressaltou que o resultado poderia ter sido ainda melhor, não fosse a carga tributária. Segundo ele, as recentes medidas de incentivo ao consumo mostraram que os produtos que sofreram desoneração passaram a ser mais consumidos pela população. 

“Se nós, que hoje temos uma carga tributária que está beirando os 38%, imaginarmos que isso é renda da sociedade transferida para o governo, para gastar em atividade de baixa eficácia, se dez pontos percentuais disso permanecessem com a sociedade, haveria uma expansão consistente da economia brasileira nos próximos anos”, destacou Borges.

 

Edição: Lílian Beraldo