Acesso a serviço de esgoto aumenta e chega a 62,6% em 2011

21/09/2012 - 11h24

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro – A cobertura do serviço de esgoto aumentou de 59,1% em 2009 para 62,6% em 2011. Em números absolutos, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje pelo (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que, do total de 61 milhões de domicílios no país, mais da metade estão ligadas à rede: 38,2 milhões de casas.

A situação ainda é considerada preocupante pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes).“Com o atual nível de investimento que temos, demoraremos 50 anos para universalizar o serviço”, afirma o presidente da entidade, Dante Ragazzi Pauli. Segundo ele, além de investimentos públicos, é preciso capacitar gestores estaduais e municipais.

Entre as regiões do país, a Norte, mesmo considerando as fossas sépticas que estão ligadas à rede de esgoto, tem o menor percentual de casas atendidas, 20,2% - embora fosse 12,9%, em 2009 - seguida da Nordeste, que tem  40,1% das residências com esgoto. Nas regiões Centro-oeste, Sul e Sudeste os percentuais de atendimento são 45%, 59% e 87%, respectivamente.

“O governo tem investido mais nessas regiões [Norte e Nordeste], mas levando em conta que a carência é tão grande, o avanço é pequeno”, avaliou Ragazzi. Segundo ele, mesmo nas regiões mais ricas, há bolsões de pobreza que só serão alcançados com investimentos públicos e redução de tarifas e taxas. “Não há desenvolvimento ambiental sem desenvolvimento econômico.”

Por outro lado, a pesquisa mostra que oito em cada dez casas têm água encanada (84,6%), o equivalente a 51,8 milhões do total de domicílios. O número cresceu 0,3 ponto percentual entre 2001 e 2009, em parte, porque está cada vez mais difícil chegar aos domicílios sem o serviço.

Outro indicador ambiental que reflete a qualidade de vida dos moradores, a coleta de lixo chega a 88% dos domicílios. Com exceção da Região Norte, onde o percentual de atendidos diminuiu de 79% para 75%, houve avanço nas demais, com pico de 95,9%, no Sudeste. A rede elétrica, segundo o IBGE, se estendeu para mais 3 milhões de casas, atendendo a 99,3% das casas brasileiras.


 

Edição: Lílian Beraldo