Governo e sindicatos não chegam a acordo e greve continua

09/07/2012 - 21h17

Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A reunião realizada hoje (9) entre o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, e líderes sindicais dos servidores públicos não alterou o panorama da greve da categoria, apesar da determinação do corte de ponto dos grevistas feita na última sexta-feira (6) por Mendonça.

Na reunião, representantes do governo e sindicalistas não chegaram a qualquer acordo para encerrar o movimento, iniciado no último dia 18 de junho e que afeta o funcionamento de diversos órgãos e universidades federais. Ficou acertada nova reunião para próximo dia 18, segundo a a ssessoria de comunicação do ministério.

Participaram da reunião, realizada na Secretaria de Relações do Trabalho, dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e do Sindicato dos Servidores Públicos no DF (Sindsep), ambos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Na reunião, um dos temas foi a Lei 12.277/10, que criou tabela salarial diferenciada para cinco cargos de nível superior (NS) do Executivo. A Condsef e suas filiadas querem a equalização de todas as tabelas dos servidores de NS, com mesmo percentual de reajuste para servidores de níveis intermediário (NI) e auxiliar (NA). A confederação pretende que a equalização alcance todos os níveis e, para isso, vai encaminhar uma proposta ao Ministério do Planejamento.

Para a próxima quinta-feira (12), as lideranças sindicais dos servidores preparam manifestação em frente ao Palácio do Planalto contra o corte de ponto dos grevistas determinado pelo governo.

Segundo o diretor de Formação Política da Condsep, Carlos Henrique Bessa Ferreira, na ocasião, será queimada cópia do documento em que a Secretaria de Relações determina aos gestores de recursos humanos do governo federal o corte do ponto dos servidores que não comparecerem ao trabalho. Bessa explicou que o documento será queimado porque, para os servidores, representa um "atentado" ao direito de greve.

Edição: Fábio Massalli//Matéria ampliada às 20h30