Transporte coletivo deve ser solução para diminuição das emissões de gases de efeito estufa, defende setor industrial

12/06/2012 - 18h00

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Apesar de defenderem o uso do transporte coletivo em substituição ao transporte individual, como uma das soluções para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, as federações das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e de São Paulo (Fiesp) consideram positiva a política do governo de estímulo à venda e ao consumo de automóveis para evitar o desemprego no país, por meio da desoneração do setor.

O Brasil tem 38% do Produto Interno Bruto (PIB) de impostos, comentou o presidente da Fiesp, Paulo Skaff, durante evento hoje (12) no Humanidade 2012, no Forte de Copacabana, evento que ocorre em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. “Quando se tira um pouco da carga [tributária], você dá oxigênio para o setor”, disse.

Para Skaff, entretanto, a desoneração tributária deveria ser linear a todos os setores da indústria manufatureira, porque “todos são empregadores e importantes e todos estão com sobrecarga do custo da falta de competitividade do Brasil”. Acrescentou que em um país que tem tantos impostos, “reduzir imposto não faz mal a ninguém”. Ele defendeu mais investimentos no transporte público, segmento no qual, de acordo com o presidente da Fiesp, o Brasil deveria estar mais acelerado.

Já o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, justificou a medida do governo pelo fato de a indústria automobilística brasileira ser “fortemente exportadora”. Ele também ressaltou os elevados investimentos que estão sendo feitos no transporte de massa no Rio de Janeiro, com a expansão do metrô e a criação do bus rapid transit (BRTs- sistema de trânsito rápido de ônibus, com faixa exclusiva e alta frequência).

 

Edição: Aécio Amado