Em seis meses, Dilma deve ir à África defender ampliação de parcerias

25/11/2011 - 11h44

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Daqui a seis meses, a presidenta Dilma Rousseff deve participar da 3º Cúpula América do Sul-África (ASA), em Malabo, na Guiné Equatorial (África), que ocorrerá nos dias 15 e 16 de maio de 2012. A ideia é recomendar que todos aproveitem os avanços econômicos, políticos e sociais alcançados pelos países das duas regiões e busquem incrementar as relações comerciais. Os chanceleres encerraram hoje (25) as negociações preliminares.

Só no ano passado, o intercâmbio entre as duas regiões alcançou US$ 32,2 bilhões. Na reunião no próximo ano, a presidenta deve propor que as ações adotadas tenham como preocupação o desenvolvimento sustentável com inclusão social. O tema é o principal assunto da Conferência Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro, de 28 de maio a 6 de junho de 2012.

Nos últimos dois dias, os ministros das Relações Exteriores participaram da 4ª Reunião Ministerial da Cúpula América do Sul-África, em Malabo. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, lembrou que a crise econômica internacional mostrou o potencial dos países fora do eixo Estados Unidos-Europa.

O ministro ressaltou que o momento serve para reconciliação da “democracia, crescimento econômico, redução da pobreza e políticas ambientalmente sustentáveis”. “Em um mundo em que presenciamos o esgotamento de modelos de desenvolvimento concebidos pelo Norte, e em que as próprias economias desenvolvidas enfrentam crises, a América do Sul e a África despontam de décadas de estagnação e conflitos, para um novo ciclo de progresso e emancipação”, disse ontem.

Patriota ressaltou que há um esforço do governo da presidenta Dilma Rousseff, iniciado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de aproximação com a África em todas as vertentes. Segundo Patriota, até o próximo mês, terá completado dez visitas a países africanos.

“A história nos aproximou por intermédio da escravidão e dos laços com ex-potências distantes das nossas realidades materiais e humanas. Hoje, podemos fazer história forjando laços diretos de comércio, cooperação e coordenação político-diplomática”, destacou ontem o chanceler.

Edição: Talita Cavalcante