Brasil vai cobrar no G20 medidas urgentes para combater a crise, diz Dilma

31/10/2011 - 23h30

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse na noite de hoje (31) que a posição do Brasil na reunião do G20 será a de cobrar medidas “urgentes e emergenciais” de combate à crise e, também, um “plano de sustentação do crescimento”. Para a presidenta, os europeus, neste momento, devem encontrar uma solução rápida para o problema.

“Inegavelmente a solução imediata da crise, apesar de ser responsabilidade dos países avançados, é, neste momento, particularmente dos europeus”, ressaltou a presidenta ao participar de uma premiação para empresários promovida pela Carta Capital. “Nós sabemos como é importante que as soluções não tardem, não demorem. É muito importante que nós tenhamos clareza dos problemas e possamos resolvê-los de imediato”, completou.

“Cada um dos empresários aqui presente é um sobrevivente”, disse ainda Dilma Rousseff para explicar por que se sentia inspirada pela plateia para participar do encontro de líderes mundiais que ocorre em Cannes, na França, nos dias 3 e 4. Ela viaja para o encontro ainda hoje.

De acordo a presidenta, apesar de o Brasil ter sido pouco afetado pelas “turbulências” até o momento, uma crise longa fatalmente causará efeitos maiores sobre a economia nacional. Por isso, defendeu que as nações mais desenvolvidas economicamente adotem ações de estímulo para combater a recessão. “Estímulos ao crescimento, ao emprego das populações de todos os países do mundo, são bons instrumentos para que possamos superar e controlar a crise”.

Esse tipo de ação, ressaltou Dilma, não é uma “opção ideológica”, mas uma questão de adotar a saída mais eficiente para o problema. “Vamos deixar claro na reunião do G20 que não acreditamos que a crise será superada com a guerra cambial e a velha receita da recessão e do desemprego”.

Para exemplificar o sucesso brasileiro de combate à recessão, a presidenta citou o desempenho da economia nacional na crise de 2008, que superou as dificuldades com “ investimentos, desonerações tributárias e estímulo ao consumo e ao crescimento”.

 

Edição: Aécio Amado