Rio Grande do Sul prorroga vacinação contra o sarampo

29/07/2011 - 19h09

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul prorrogou novamente a campanha de vacinação contra o sarampo, que deveria terminar hoje (29). Os postos de saúde continuarão a vacinar crianças até o dia 13 de agosto.

O estado não atingiu a meta de imunizar 95% das crianças de 1 a 7 anos de idade, estipulada pelo Ministério da Saúde. Até a manhã de hoje, 750.013 crianças foram imunizadas, equivalente a 93% do público-alvo. A vacina protege também contra a rubéola e a caxumba.

A campanha continua também nos estados de Pernambuco, Alagoas, São Paulo e Bahia até o dia 5 de agosto. No Rio de Janeiro, os pais têm até amanhã (30) para levar os filhos para vacinar. No Ceará, os postos de saúde também ficarão abertos neste sábado para a campanha de imunização.

Dos oito estados que anteciparam a vacinação contra o sarampo, somente Minas Gerais alcançou a meta estabelecida pelo governo federal. O ministério decidiu antecipar a campanha nesses estados, por causa do grande fluxo de turistas nesta época do ano, do registro de casos da doença, da baixa cobertura da vacina tríplice viral nos últimos anos nessas região, além do surto na Europa. Foram identificados mais de 6,5 mil casos da doença este ano no continente, sendo 5 mil somente na França, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No restante do país, a campanha ocorrerá de 13 de agosto a 16 de setembro.

O sarampo é uma doença contagiosa que provoca febre, tosse seca, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre quando o doente expele secreções ao tossir, falar, espirrar ou respirar. A vacina é a maneira mais eficaz de prevenir a doença.

Em 2011, foram registrados 18 casos de sarampo, considerados importados por apresentarem o mesmo vírus circulante na Europa. O vírus do sarampo não circula livremente no Brasil há 11 anos, segundo o ministério. Os casos identificados desde então tiveram origem em outros países (são importados), ou seja, não foram causados por vírus que circula no território nacional.
 

 

Edição: Rivadavia Severo