Da BBC Brasil
Brasília - O Congresso americano enfrenta um racha partidário envolvendo o aumento do teto da dívida pública dos Estados Unidos e cortes orçamentários.
Na noite de hoje (29), o Senado, de maioria democrata, rejeitou um projeto que havia acabado de ser aprovado na Câmara dos Representantes (deputados federais), de maioria republicana.
A medida já era esperada, já que o projeto republicano foi fortemente criticado pelo presidente Barack Obama e seus aliados.
O plano, proposto pelo presidente da Câmara, o republicano John Boehner, e aprovado por 218 votos a 210 na Casa, previa a elevação do teto da dívida dos EUA – atualmente em US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) – em US$ 900 bilhões, o que permitiria o pagamento de dívidas por mais alguns meses, além de cortes orçamentários estimados em US$ 917 bilhões e mudanças constitucionais para tentar equilibrar o Orçamento.
Mas os democratas dizem que o projeto forçaria o Congresso a votar em uma nova extensão do teto da dívida daqui a alguns meses – em meio à corrida eleitoral presidencial de 2012 –, em uma repetição das desgastantes discussões partidárias em curso atualmente.
O Senado e a Casa Branca tentam votar um projeto que aumente mais o teto da dívida – em US$ 2,5 trilhões – e que promova cortes orçamentários de US$ 2,2 trilhões.
Caso o impasse do teto da dívida não seja resolvido até 2 de agosto, os EUA não terão como cumprir com todas as suas obrigações financeiras, o que pode forçar uma moratória com prováveis impactos na economia mundial.