Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Uma equipe de fiscais do Procon iniciou hoje (13) a Operação Vidas Secas, em Bangu, na zona oeste, e em Marechal Hermes, na zona norte da capital fluminense. O motivo sãos as dezenas de reclamações de moradores dos dois bairros, com a falta de água que, em alguns casos, dura vários meses.
Em Bangu, foram registradas 22 reclamações de moradores da Rua Engenheira Paula Lopes e da Comunidade 48. Segundo eles, há três dias falta água na região. Em Marechal Hermes, na Rua Xavier Curado, apesar do retorno da água na última quarta-feira (8), os moradores disseram que estavam com as torneiras secas há sete meses.
No bairro, devido ao logo período sem água, algumas famílias compraram bombas de sucção para puxar a água da tubulação da rua para as cisternas de suas casas. Os Moradores relataram, inclusive, que construíram um sistema de captação de água da chuva, pois o sistema da Companhia de Água e Esgoto do Rio (Cedae) não é suficiente para abastecer todas as residências.
As reclamações serão utilizadas pelo Procon para instaurar um ato administrativo contra a Cedae, exigindo que a empresa restabeleça imediatamente o serviço de distribuição de água em Bangu. Caso isso não ocorra, será arbitrada uma multa diária até que o serviço seja normalizado.
Para solucionar o problema de falta de água em Bangu, o vice-governador do estado, Luiz Fernando Pezão, dá início amanhã (14), às 10 horas, na Rua José Vilela, em Parque Leopoldina, em Bangu, às obras para aumentar a oferta de água no bairro.
Com investimento de cerca de R$ 90 milhões, oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do governo do estado, as obras incluem a construção de linhas adutoras, substituição de redes e colocação em funcionamento do reservatório de Bangu, construído na década de 1960 e desativado nos anos 1980.
De acordo com o presidente da Cedae, Wagner Victer, o reservatório, com capacidade para 17 milhões de litros, atenderá parte dos bairros de Realengo, Padre Miguel, Bangu e Senador Camará, "que hoje estão sujeitos à flutuação no abastecimento, por falta de um reservatório com capacidade de armazenar água, durante longas estiagens ou pelo consumo elevado no período do verão", explicou.
Edição: Aécio Amado
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