Da Agência Brasil*
Brasília – Representantes dos Estados Unidos, da Rússia e das Nações Unidas (ONU) estão reunidos em Genebra, na Suíça, para preparar a Conferência Genebra 2, marcada para o dia 22 de janeiro. Esse é o quinto encontro dos representantes dos países e da organização nos últimos seis meses. A reunião anterior sobre o tema ocorreu no final de novembro. Os principais impasses que ainda se mantêm são a definição sobre como a oposição será representada na conferência e quais países deverão ser convidados. Ambas as questões ainda deverão ser tratadas pelos diplomatas.
A ONU está sendo representada pelo enviado especial Lakhdar Brahimi; a Rússia, pelos integrantes do Ministério das Relações Exteriores Mikhail Bogdanov e Gennady Gatilov; e os Estados Unidos, pela subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, Wendy Sheman. Os representes de países-membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Reino Unido, China e França – e dos países vizinhos da Síria – Líbano, Jordânia, Turquia e Iraque – deverão participar do encontro.
A organização estima que 2014 será um ano ainda mais difícil para a Síria no âmbito humanitário. A expectativa é a de que mais de 16 milhões de sírios precisem de ajuda humanitária atualmente – o que corresponde a 80% da população total do país, de 20 milhões de habitantes. A ONU acredita que mais de 100 mil pessoas tenham sido mortas desde março de 2011, quando se intensificaram os conflitos.
Hoje (20), o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) divulgou um relatório em que aponta que a crise na Síria foi a principal responsável pelo aumento no número de refugiados e deslocados internos nos primeiros seis meses de 2013. Dos 1,5 milhão de novos refugiados até junho deste ano, 1,3 milhão é formado por sírios (86,6%).
Na última segunda-feira (16), a ONU pediu à comunidade internacional US$ 12,9 bilhões (cerca de R$ 30,1 bilhões) para auxílio humanitário em 2014 – dos quais US$ 6,5 bilhões (R$ 15,1 bilhões) serão destinados à Síria. Esse total foi o valor mais alto já pedido pela organização e será usado para atender a 52 milhões de pessoas em 17 países.
*Com informações da Itar Tass
Edição: Talita Cavalcante
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