Da Agência Brasil*
Brasília - A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) condenou as violações de direitos humanos cometidas pelo regime do presidente da Síria, Bashar Al Assad, e manifestou preocupação com o aumento no número de extremistas no país. Com 127 votos a favor, 13 contra e 47 abstenções, a ONU aprovou uma resolução apresentada pela Arábia Saudita em que condena a violência na Síria e apela ao governo e à oposição a porem fim a hostilidades, ataques terroristas e atos de intimidação.
Na resolução, a ONU considera o uso de armas químicas no país “um grande crime” contra a humanidade e pede que os responsáveis sejam responsabilizados. O documento condena intervenções de combatentes estrangeiros na Síria e avalia que essa participação agrava a situação humanitária e de violação dos direitos humanos no país.
O texto aprovado pela assembleia pede ainda que as autoridades sírias libertem imediatamente todos os detidos no país, publiquem uma lista dos centros de detenção e permitam que supervisores independentes visitem esses centros para comprovar se as condições de detenção cumprem as normas internacionais.
Estima-se que a crise na Síria já tenha causado mais de 100 mil mortos e milhões de deslocados internos e refugiados. Para a ONU, é preciso uma ação imediata e o regime deve permitir que a ajuda humanitária chegue aos afetados.
O documento aprovado defende que a única saída possível para o conflito sírio é o diálogo pacífico. A assembleia fez um novo apelo à realização, o mais depressa possível, da Conferência Genebra 2 convocada para o dia 22 de janeiro, para discutir a questão e tentar uma solução negociada à crise.
*Com informações da Agência Lusa
Edição: Talita Cavalcante
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