Luz para Todos melhorou qualidade de vida dos beneficiários do programa

18/12/2013 - 16h36

 

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Uma pesquisa coordenada pelo Ministério de Minas e Energia mostra que 81% das famílias que receberam a energia do Programa Luz para Todos compraram aparelhos de televisão; 78% adquiriram geladeiras; e 62% compraram aparelhos telefônicos e celulares. A maioria das pessoas (93%) disse que a qualidade de vida melhorou com a chegada do programa. 

Os números foram apresentados hoje (18) pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante a comemoração dos dez anos do Luz para Todos. A pesquisa foi feita de julho a setembro deste ano com cerca de 3 mil beneficiários do programa. 

Até este ano, foram atendidas mais de 3 milhões de famílias o que corresponde a cerca de 15 milhões de pessoas, especialmente indígenas, quilombolas, lavradores, assentados da reforma agrária, moradores do campo e da floresta. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o programa já criou mais de 460 mil postos de trabalhos diretos e indiretos.

O Luz para Todos foi lançado em 2003, com a meta inicial de fornecer energia para 10 milhões de pessoas de áreas rurais e isoladas em cinco anos. Desde então, a meta foi sendo revista e o programa foi sendo prorrogado.

O produtor de cupuaçu, de uma comunidade da área rural de Manaus, João Carlos Soares Freires é um dos beneficiados pelo programa. Ele disse que, desde 2004, quando a luz elétrica chegou à sua comunidade, localizada às margens do Rio Negro, cerca de 300 famílias se uniram em uma cooperativa para formar uma agroindústria a fim de produzir polpas de frutas. “Não seria viável instalar uma agroindústria naquela região sem a energia elétrica, nem se chegaria a sonhar com essa possibilidade”, declarou. 

O cacique Aruã, da Aldeia Pataxó, do município de Coroa Vermelha, na Bahia, também relatou que a vida da comunidade mudou depois que o Luz para Todos foi implantado, em 2005. “A qualidade de vida dos índios melhorou, pudemos adquirir produtos como geladeira, televisão e trazer oportunidade de geração de renda”, disse. Segundo ele, a energia ajudou a desenvolver o artesanato indígena e também o beneficiamento de frutas.

Até fim do próximo ano, a meta do governo é atender mais 280 mil famílias, principalmente em áreas isoladas da Amazônia, locais de difícil acesso no Norte e Nordeste, contemplados pelo plano Brasil sem Miséria e no Programa Territórios da Cidadania ou estabelecidos em antigos quilombos, áreas indígenas ou assentamentos de reforma agrária. “Falta muito pouco para o que o Brasil possa orgulhar-se de ter atingido a plenitude do atendimento de sua população com o serviço de eletricidade, que hoje chega a 99% da população”, disse Lobão.

 

Edição: Aécio Amado

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