Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro- O índice dos serviços voltou a ficar acima da inflação geral: alcançou 0,65% contra 0,54% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O resultado fez com que o acumulado dos últimos doze meses superasse em 2,78 pontos percentuais a taxa global, já que foi de 8,55% contra 5,77%.
O IPCA-IBGE verifica as variações dos custos com os gastos das pessoas que ganham de um a quarenta salários mínimos nas regiões metropolitanas de Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e município de Goiânia.
Destacaram-se, nos serviços, os aumentos das passagens aéreas, que saltaram de uma deflação de -1,96% em outubro para uma inflação de 6,52% em novembro, em decorrência do salto de -2,11% para 2,35% na procura por excursões e por viagens nos períodos de feriados.
Outros aumentos de mais de um ponto percentual foram registrados nas despesas com mudança (de -1,61% para 0,40%), lubrificação e lavagem de veículos (de -0,70% para 0,61%), aluguel de veículo (de -1,05% para 0,51%), cinema (de -0,66% para 0,97%), boate e danceteria (de -1,12% para 0,23%) e telefone celular (de 0,17% para 1,41%).
Nos últimos doze meses, oito grupos acumulam inflação superior a 10%. Entre eles estão os alugueis residenciais, 11,77%; médico, 11,73%; hotel, 12,02%; e estacionamento, 12,32%.
Já os itens que têm reajustes monitorados e não compõem o índice de serviços, como gasolina, transporte público e energia elétrica, ficaram abaixo do índice geral, com 0,48% em novembro. Esse grupo acumula uma taxa de 0,96% nos últimos doze meses, devido à queda nas tarifas de energia elétrica, que gerou uma deflação de 14,87% no item energia elétrica residencial. A inflação de apenas 0,02% em doze meses das passagens de ônibus e o índice zerado para os trens no período também puxam a taxa para baixo nos últimos doze meses.
Em novembro, a gasolina já registrou aumento da inflação de 0,01% para 0,63%, apesar de ainda não ter incidido o reajuste dos combustíveis. O aumento de 4% no preço da gasolina e de 8% no do diesel começou a valer em 30 de novembro, mas, de acordo com a coordenadora de Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes, alguns postos se anteciparam cortando descontos e promoções antes da divulgação feita pela Petrobras no dia 29.
Edição: José Romildo
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil