Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Ativistas de movimentos sociais e atletas amadores fizeram no fim da tarde de hoje (6) uma manifestação em frente ao Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. O ato, chamado de Anti-Sorteio da Copa do Mundo, foi organizado pelo Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas e teve o objetivo de alertar a sociedade sobre quem está ganhando com a competição da Federação Internacional de Futebol (Fifa).
Atletas que treinavam no Estádio de Atletismo Célio de Barros e no Parque Aquático Júlio de Lamare, alunos e ex-alunos da Escola Friedenreich e apoiadores da Aldeia Maracanã, prédios no entorno do estádio que foram ameaçados de demolição, marcaram presença no protesto.
Membro do comitê, o professor Demian Castro disse que o objetivo da manifestação foi alertar a sociedade sobre quem está ganhando com a Copa. Para ele, o fato do sorteio oficial ter ocorrido na Costa do Sauípe, na Bahia, um lugar afastado do centro de Salvador, demonstra a preocupação dos organizadores do Mundial com as manifestações populares.
“A gente tem uma cidade cada vez mais cara para se viver, a gente tem nossos direitos políticos violados, nosso direito à manifestação, de dizer se a gente não concorda com isso na rua, corre o risco de ser preso, levar bala de borracha, gás lacrimogêneo, coisa que vivenciamos bastante este ano, população sendo removida, manifestantes sendo presos, torcedores não podendo mais entrar nos estádios”, disse.
Edição: Aécio Amado
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