FGV: IGP-DI fecha novembro com retração de 0,35 ponto percentual

06/12/2013 - 9h07

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) fechou novembro em 0,28%, uma desaceleração de 0,35 ponto percentual em relação ao 0,63% de outubro. Os dados foram divulgados hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e são ligeiramente superiores aos 0,25% de novembro de 2012.

Com o resultado, o IGP-DI acumula variação de 4,8% de janeiro a novembro deste ano e de 5,49% no acumulado dos últimos 12 meses – a taxa anualizada. O IGP-DI de novembro foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 1º e 30 do mês de referência. 

Dos três indicadores que compõem o IGP-DI apenas o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou queda entre um mês e outro, sendo, portanto, decisivo para a desaceleração do IGP-DI. Entre um mês e o outro o IPA chegou a apresentar desaceleração de 0,59 ponto percentual, ao registrar variação de 0,12%, em novembro, contra 0,71% da alta de outubro.

Destacaram-se neste indicador, o índice relativo a bens finais que apresentou variação de 0,10%, contra os 0,50% do mês anterior; o subgrupo alimentos processados atuou como o principal responsável por esta desaceleração – a taxa recuou de 1,30% para 0,53%. Já o índice de bens finais, que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 0,33%, ante 0,84%, no mês anterior. 

Ainda no indicador, o índice do grupo Bens Intermediários chegou a apresentar deflação (inflação negativa), ao fechar novembro com variação de -0,27%, ante 0,11%, no mês anterior. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,22% para -0,34%. 

Ao fechar novembro com alta de 0,68%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação positiva de 0,13 ponto percentual em relação aos 0,55%, do mês anterior. Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. 

A contribuição de maior magnitude para o avanço da taxa do índice partiu do grupo habitação (0,58% para 0,82%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 0,09% para 2,80%. 

Houve alta também em cinco outras classes de despesa: comunicação (de 0,47% para 0,91%); despesas diversas (de 0,25% para 1,22%); transportes (de -0,01% para 0,11%); vestuário (de 0,72% para 0,87%); e educação, leitura e recreação (de 0,50% para 0,55%). 

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em novembro, taxa de variação de 0,35%, resultado 0,9 ponto percentual superior aos 0,26% de outubro. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,24%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,55%. O índice que representa o custo da mão de obra registrou variação de 0,45%, em novembro. No mês anterior, este índice não registrou variação. 

 

 

Edição: José Romildo
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