Venezuela vincula espionagem dos Estados Unidos aos problemas econômicos que o país enfrenta

05/11/2013 - 22h56

 

Leandra Felipe*
Correspondente da Agência Brasil/EBC

Bogotá - O ministro para Relações Interiores, Justiça e Paz da Venezuela, Miguel Rodríguez Torres disse hoje (5) que a espionagem dos Estados Unidos contra o país foram atos “prévios” para “desatar a guerra econômica” na Venezuela.

No último domingo (3) o jornal americano The New York Times noticiou que a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos espionou a Venezuela, assim como a Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

As acusações sobre a finalidade de da espionagem dos Estados Unidos contra a Venezuela foram feitas pelo ministro venezuelano no encerramento de uma reunião de membros das delegações do Mercado Comum do Sul, o Mercosul. Para ele, o país é um alvo dos EUA por ser um país rico, com a maior reserva petrolífera do planeta. O país, que também é um dos menos desiguais do mundo, enfrenta problemas de abastecimento e alta inflação.

"Para fazer guerra, em termos militares necessitamos de muita inteligência, muita informação e ninguém faz espionagem sobre o sistema financeiro, fiscal e monetário de um país, só por diversão”, disse Rodríguez.

O ministro lembrou também que Edward Snowden, técnico de uma empresa de informática que prestava serviço para a NSA, havia revelado que, em 2007, a Venezuela fazia parte de uma lista de seis objetivos prioritários de espionagem para os Estados Unidos. 

Rodríguez é o segundo ministro venezuelano a comentar as denúncias sobre a espionagem dos Estados Unidos. O ministro de Relações Exteriores, Elías Jaúa, falou sobre o assunto ao defender que as conversas para restabelecer as relações diplomáticas entre a Venezuela e os EUA sejam "congeladas", em resposta às novas descobertas de ações de espionagem

 

 

*Com informações da TV Multiestatal Telesur

Edição: Aécio Amado

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