Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A presidenta do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Leila Mariano, negou hoje (4) falha na segurança no Fórum de Bangu, onde duas pessoas morreram na tentativa de resgate de presos considerados perigosos na última quinta-feira (31). A desembargadora classificou a ação dos 15 bandidos armados de atentado.
Segundo Leila Mariano, os policiais militares escalados para a segurança da oitiva dos presos no fórum conseguiram impedir o resgate e garantir que nenhum dos civis no prédio fosse atingido. Um policial militar, no entanto, que atuou para impedir a ação, morreu na hora.
O juiz responsável pelo Fórum de Bangu, Alexandre Abrahão, também destacou que a polícia agiu de forma “imediata”. "Ninguém sofreu um arranhão porque os policiais do 14º Batalhão se preocuparam não apenas em conter a ação, mas em salvar as pessoas que estavam lá, dentre as quais, crianças e mulheres", disse.
O TJ se solidarizou com as vítimas do episódio, que também terminou na morte de uma criança de 8 anos, e colocou à disposição das famílias das vítimas equipes de psicólogos e assistentes sociais.
Para impedir que a ação ousada de bandidos se repita, o TJ vai discutir a adoção de videoconferências em audiência pública no dia 13.
Outra medida proposta pelo órgão é a redução de trajetos e a agilidade na transferência de presos de presídios de segurança máxima para salas de audiência.
"Precisamos repensar alguma coisa. Logicamente isso não significará levar o fórum para dentro do presídio. Não levaremos defensores, juízes promotores, muito menos testemunhas e vítima. Precisamos de meios eletrônicos", reforçou Leila.
A presidenta do tribunal espera também discutir medidas mais imediatas em reunião amanhã (5) com o governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
Edição: Juliana Andrade
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