Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Médicos e voluntários montaram hoje (3) uma tenda no Parque do Carmo, zona leste paulistana, para divulgar informações sobre a psoríase. Provocada pelas defesas do organismo, a doença autoimune se manifesta na pele na forma de manchas avermelhadas e descamativas. A doença afeta cerca de 125 milhões de pessoas em todo o mundo e geralmente aparece entre os 20 e 30 anos.
A ação foi feita para lembrar o Dia Mundial da Psoríase – 29 de outubro. Atividades semelhantes ocorreram em várias cidades, como em Porto Alegre. “O nosso objetivo é informar a população sobre a doença. Como, por exemplo, que psoríase é uma doença inflamatória, não é infecciosa, portanto, não é contagiosa”, destaca o coordenador nacional da campanha de conscientização de psoríase da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Marcelo Arnone.
Arnone explica que, com o tratamento, o paciente consegue melhorar a qualidade de vida. Segundo ele, devido ao aspecto das manchas, muitos pacientes evitam a exposição de partes do corpo ou até deixam de sair de casa. “Ele acaba ficando recluso, deixando de fazer atividades prazerosas. É difícil você ver em um parque alguém expondo uma lesão de psoríase”, explica.
A orientação é que em caso de suspeita da doença, a pessoa procure um dermatologista. O diagnóstico, na maior parte das vezes, pode se feito com o exame clínico. Com o tratamento, a doença poderá ser posta sob controle. “Controlar a doença, para alguns pacientes, pode ser mantê-los livres de lesões. Ou pode se diminuir a inflamação das lesões”, detalha Arnone, ao explicar que, em alguns casos, os sintomas podem desaparecer, mas em outros somente atenuados.
A enfermeira Azinete de Jesus aproveitou a tenda para pegar um panfleto para auxiliar na conversa com os pacientes no hospital onde trabalha. “Eu trabalho em hospital e aconteceu de eu receber pacientes com psoríase para compartilhar o quarto com outros. Mas há preconceito, e muitos querem mudar de quarto. Mas psoríase não é contagiosa, é uma doença autoimune. Então, levando o folder eu posso explicar melhor para eles”, disse.
Edição: Beto Coura
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