Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Atraídos pelo movimento nos cemitérios do Distrito Federal (DF) neste Dia de Finados, comerciantes informais aproveitam para garantir renda extra. Vendendo velas, flores, garrafinhas de água mineral e biscoitos, eles dizem que o esforço concentrado vale a pena. A expectativa é que mais de 600 mil pessoas visitem os seis cemitérios do DF ao longo do dia, segundo a empresa Campo da Esperança, responsável pela administração das unidades. Ao todo, há 401,3 mil pessoas sepultadas na região.
O paraense Aneli de Jesus, 60 anos, está desempregado. Após conseguir dinheiro emprestado com um amigo, ele comprou 200 sacos de biscoitos para revender do lado de fora do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, região central de Brasília. "As pessoas andam bastante, às vezes vêm com crianças e é bom fazer um lanchinho na saída. Estou torcendo para vender tudo rapidinho, porque só saio quando acabar", disse esperançoso.
A cuidadora de idosos Adna Monteiro, 46 anos, também aproveitou o sábado ensolarado para vender, além de flores, água mineral. “Com esse calor, a água vai fácil. É bom porque eu ajudo quem está com sede e eles também me ajudam. Dá para tirar um dinheirinho bom, talvez um salário mínimo só hoje", disse.
Segundo a concessionária responsável pela administração dos cemitérios, não é permitida a presença de vendedores ambulantes no interior das unidades. Os cemitérios do DF abriram as portas hoje uma hora mais cedo, às 7h. O acesso será permitido até as 19h. A entrada de veículos nas unidades de Planaltina e de Brazlândia está proibida em razão da falta de espaço para circulação de automóveis. Nas demais, está restrita aos que tiverem autorização de vaga especial ou de pessoa com deficiência emitida pelo Departamento de Trânsito (Detran-DF). Na Asa Sul, em Taguatinga, no Gama e em Sobradinho o público conta com transporte coletivo gratuito dentro do cemitério.
Edição: Juliana Andrade
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