Justiça do Rio vai acompanhar investigações sobre avião que caiu em Maricá

23/10/2013 - 21h59

 

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Comissão de Segurança Institucional do Poder Judiciário, presidida pelo desembargador Antônio Jayme Boente, está acompanhando as investigações do acidente aéreo que causou a morte do juiz Carlos Alfredo Flores da Cunha e do piloto Adelmo Louzada de Souza, nesta segunda-feira (22) na Lagoa do Marine, em São José do Imbassaí, distrito de Maricá, na região metropolitana do Rio.

O avião prefixo PT-KGK, com capacidade para cinco pessoas, estava registrado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)e com a situação de navegabilidade normal para instrução privada. O plano de voo indicava que a aeronave saiu do Aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste da capital fluminense, com retorno previsto para o mesmo terminal.

Mecânicos do AeroClub do Brasil, empresa proprietária do avião, estiveram hoje (23), acompanhados de investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), no local do acidente e retiraram as peças soltas e parte da fuselagem da aeronave. 

A Anac abriu processo para apurar as denúncias de que carros da Guarda Municipal de Maricá estavam impedindo o pouso de aviões na pista do aeródromo do município. 

No dia 11 do mês passado, a prefeitura publicou um decreto encerrando as atividades no aeródromo, "especialmente as exercidas irregularmente por um grupo de empresas cujos alvarás de funcionamento haviam sido cancelados há mais de um ano". A prefeitura informou, em nota, que as denúncias sobre bloqueio da pista são improcedentes e só podem ser creditadas a interesses contrariados pela ação do Poder Público na retomada de um espaço ocupado, há anos, de forma irregular. 

"Como o aeroporto é um bem sob a responsabilidade da administração municipal, a prefeitura tem a prerrogativa de controlar as áreas contíguas à pista, o que inclui os acessos e o pátio de manobras. Os carros da Guarda Municipal circulam apenas nesses locais, que não estão sob controle da Anac", diz a nota.

A prefeitura informa ainda que os veículos da Guarda Municipal sempre ficaram e continuarão posicionados nas proximidades dos prédios, durante 24 horas, exercendo a função de controle patrimonial e de segurança das instalações [do aeródromo], em pontos afastados justamente para que a atividade não interfira na utilização da pista, que é atribuição da Anac.
 

 

Edição: Aécio Amado

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