Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (15), em Vitória da Conquista (BA), que, além de atingir a meta de entregar 2,75 milhões de moradias do Minha Casa, Minha Vida, seu governo pretende deixar pronta uma nova fase do programa. Segundo Dilma, será preciso repetir a “dose” para suprir o déficit habitacional do país.
“Nós já estamos pensando em deixar pronta uma nova fase, porque não basta fazer 2,75 milhões de casas no Brasil, do Programa Minha Casa, Minha. Vamos ter de repetir a dose. Quem vier depois de mim tem de repetir a dose. Por isso, vamos avaliar uma nova quantidade de habitações”, anunciou Dilma durante cerimônia de entrega de 1.740 unidades residenciais no interior da Bahia.
Segundo ela, o país tem todas as condições de superar o déficit habitacional e isso influenciará para que alcance um novo patamar de desenvolvimento. “O Brasil tem de ter o compromisso de construir essas casas porque os brasileiros precisam delas para que possamos ser uma nação desenvolvida”.
A presidenta lembrou que os recursos para financiar e subsidiar as casas do programa vêm dos impostos e que ninguém está ganhando essas unidades, pois elas fazem parte do direito à dignidade que todos têm. Os beneficiários comprometem no máximo 5% de seus rendimentos com as prestações pagas à Caixa Econômica Federal.
“O dinheiro que financia essas casas é o dinheiro dos impostos. Se alguém perguntar aonde vai o dinheiro dos impostos, vai para pagar a casa de vocês. Portanto, é o povo brasileiro que assegura isso. Esse é o dinheiro da dignidade e da cidadania”, disse Dilma, acrescentando que os beneficiários também pagam as casas por meio dos impostos, além das prestações subsidiadas.
Depois de assegurar ontem que a inflação deste ano ficará dentro da meta, a presidenta voltou a falar sobre economia. Segundo ela, o país precisa crescer com distribuição de renda, por isso foram criados os programas Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, e o governo se empenha para melhorar a educação. “É obvio que a gente precisa que a economia cresça, é obvio que a gente precisa que o PIB [Produto Interno Bruto] cresça, mas no Brasil nós temos a experiência passada em que o PIB crescia e a renda se concentrava nas mãos de poucos. Nós queremos que o PIB cresça, mas que a renda seja distribuída”.
Edição: Graça Adjuto
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