Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ao menos nove presos morreram e 20 ficaram feridos nessa quarta-feira (9), durante rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA). O saldo foi divulgado na manhã de hoje (10) pela Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap). A imprensa local, contudo, informa que o número de mortos pode ser maior. A própria Sejap chegou a divulgar, ontem, uma primeira nota informando a possibilidade de 13 mortos, mas revisou o número.
Três detentos já haviam sido mortos durante rebelião na mesma penitenciária, no começo do mês. Em novembro de 2010, um conflito interno deixou um saldo de 18 presos mortos.
A Sejap informa que a Polícia Civil e a corregedoria da própria secretaria estão investigando as causas do motim. A Secretaria Estadual de Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania (Sedihc) também está acompanhando o caso. A situação, hoje, está sob controle.
Em nota divulgada há pouco, a Sejap diz que, de acordo com informações preliminares, a última rebelião teria sido causada pela guerra de facções no presídio e o desmonte do bando conhecido como Bonde dos 40, um dos maiores do estado, com a prisão de 16 integrantes nesta semana, em ação da polícia em São Luís.
Ainda segundo a imprensa maranhense, o conflito na Casa de Detenção coincidiu com atos de vandalismo nas ruas de São Luís. Nas últimas horas, pelo menos dois ônibus foram incendiados e quatro veículos foram alvo de vandalismo.
A procuradora-geral de Justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha, reuniu-se na segunda-feira (2), com a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Minc, na sede do Ministério da Justiça, em Brasília, para debater a situação do sistema de segurança pública estadual. A representante do Ministério Público pediu o investimento do governo federal em ações que previnam a violência e combatam a impunidade.
No mês passado, o governo maranhense pediu o apoio do governo federal para combater a violência. Solicitou que, em caráter emergencial, o Maranhão fosse incluído no Programa Brasil Mais Seguro, que integra o Plano Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça. O programa visa, entre outras coisas, a combater as organizações criminosas e a melhoria do sistema prisional. Segundo o ministério, a solicitação ainda não foi atendida, o que deve ocorrer em breve.
Edição: Graça Adjuto//Matéria alterada às 11h12 para acréscimo de informação.
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