Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reajustar de 9% para 9,5% a taxa básica de juros (Selic) da economia, pela quinta vez consecutiva, desagradou o empresariado fluminense, que por meio da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), pede o fim do ciclo de aumento da taxa de juros.
Em nota, a Firjan diz que, desde a última reunião do Copom, houve mudanças significativas no cenário econômico global. A perspectiva a respeito do fim do programa de expansão monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) não é mais tão iminente, especialmente diante do impasse quanto à aprovação do Orçamento americano, que paralisou grande parte dos serviços públicos daquele país e tende a influenciar negativamente a retomada da atividade econômica. Assim, a cotação da moeda americana recuou significativamente, reduzindo o impacto da desvalorização do real sobre os preços domésticos.
Além disso, o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA ) de agosto, divulgado hoje (9), indicou o início de um movimento de desaceleração da inflação nos próximos meses. Nesse contexto, o Sistema Firjan "entende que a decisão do Copom de aumentar pela quinta vez consecutiva a taxa Selic foi equivocada e defende o fim do ciclo de aperto monetário na próxima reunião do colegiado.”
Fábio Massalli
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