Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O projeto que cria um novo plano de cargos, carreiras e remuneração para o magistério do Rio foi aprovado em primeira votação por 33 votos a favor e 3 contra, na Câmara de Vereadores. A previsão é que o segundo turno ocorra a partir das 18h. Do lado de fora, a situação é tensa e policiais da Tropa de Choque da Polícia Militar lançam a todo momento bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral em direção aos manifestantes que protestam contra a decisão.
Por causa dos bloqueios da Polícia Militar em torno do Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo do município, com a colocação de grades em um grande perímetro, as pessoas não puderam entrar na Casa. Do lado de fora, a multidão que protestava contra a votação do projeto foi dispersada com bombas pela PM, que inclusive utilizou cães de guarda para conter os manifestantes.
Vereadores da bancada de oposição na Câmara do Rio informaram que vão apresentar requerimento para anular a sessão. O vereador Jefferson Moura (PSOL) explicou os motivos da decisão. “O Artigo 61 da Lei Orgânica do Município proíbe a realização de sessão secreta e isto está configurado nas galerias fechadas”, disse Moura.
Além disso, o vereador Paulo Pinheiro (PSOL) decidiu denunciar a violência policial à Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rio de Janeiro (OAB-RJ). “O povo ficou do lado de fora, apenas cheirando gás e levando bomba na cabeça, em vez de estar presente aqui”, disse Pinheiro.
Na Cinelândia, houve conflito e, para fugir das bombas da polícia, alguns manifestantes correram pela Avenida Rio Branco em direção à Avenida Chile, mas encontraram lá um forte efetivo policial. Muitos professores que participavam do protesto estão passando mal, enquanto a Tropa de Choque avança em direção a eles. A Polícia Militar prendeu uma pessoa nas escadarias do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara.
Edição: Davi Oliveira
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