Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Os vereadores de oposição Renato Cinco (PSOL) e Leonel Brizola Neto (PDT) pediram que a sessão para votar o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) seja suspensa. Eles alegam que a Câmara dos Vereadores foi bloqueada ao acesso do público, com grades com mais de 2 metros de altura e o cerco de dezenas de policiais militares.
Para ter acesso ao Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara, é preciso se identificar e obter autorização de um coronel da Polícia Militar (PM). Depois, é necessária nova identificação, em uma segunda barreira, desta vez para funcionários da Câmara. Com isso, as galerias da Casa estão vazias. Além dos vereadores e dos funcionários, apenas profissionais de imprensa acompanham a sessão. O presidente da Câmara, vereador Jorge Felipe (PMDB), disse que ficou constrangido ao ver as galerias vazias e o acesso ao prédio interditado: “Pena, confesso, mas é nestas condições em que estamos.”
Enquanto os vereadores discursam, pode ser ouvido o barulho de bombas de efeito moral usadas pela PM para dispersar os professores do lado de fora do prédio. A Avenida Rio Branco, uma das principais do centro, está bloqueada desde o período da manhã, assim como as ruas Evaristo da Veiga e Senador Dantas, o que provocou problemas no trânsito da região central.
Os professores são contra o novo plano enviado pelo Executivo, pois alegam que serão prejudicados. O prefeito Eduardo Paes sustenta que a categoria será beneficiada, com a unificação de níveis e a extensão da carga horária para 40 horas.
Edição: Juliana Andrade
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