Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff chegou hoje (23) às 6h55 (5h55 no horário local) a Nova York, onde fará o discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas na manhã desta terça-feira (24). Dilma não tem compromissos oficiais durante o dia. Uma das principais mensagens que ela pretende passar em sua fala na ONU é propor o que ela chamou de “nova governança contra a invasão de privacidade”. O tema é consequência das denúncias da espionagem feita pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (nas, na sigla em inglês) e que levaram a presidenta brasileira a adiar a visita de Estado que faria a Washington em outubro.
As denúncias foram publicadas nos últimos meses a partir de dados divulgados pelo norte-americano Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa que prestava serviço para o governo norte-americano. Há denúncias de que cidadãos comuns de vários países e, inclusive, a presidenta Dilma Rousseff, seus assessores e a Petrobras tenham sido espionados. A presidenta Dilma adiantou que esse será também o principal tema a ser tratado em seu discurso durante a Cúpula do G20, realizada início do mês em São Petersburgo, na Rússia.
Antes do discurso, previsto para as 9h, ela se encontra com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Dilma será a primeira chefe de Estado a falar, sendo seguida pelo presidente norte-americano Barack Obama, com quem conversou na semana passada sobre as denúncias de espionagem e cobrou explicações.
Os dois presidentes também falarão sobre o conflito na Síria. Tanto Dilma quanto Obama condenarão o uso de armas de destruição em massa. A presidenta brasileira, no entanto, deve explicitar mais uma vez a posição do governo do país de não uso de força militar contra o governo sírio. Obama, por outro lado, busca apoio para uma intervenção caso o governo de Bashar Al Assad não entregue as armas químicas imediatamente.
Amanhã (24) Dilma deve retornar à ONU às 15h para a primeira reunião do Fórum de Alto Nível de Desenvolvimento Sustentável, que reúne ministros de Meio Ambiente anualmente e chefes de Estado a cada quatro. A meta é implementar as metas estabelecidas no documento final da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, intitulado O Futuro que Queremos. Os países se comprometeram, durante a conferência do Rio de janeiro, em 2012, a definir objetivos para o desenvolvimento e a eliminação da pobreza no mundo.
Terça-feira, Dilma também se encontra com o presidente mundial da companhia Telefônica, Cesar Alierta. Ainda não há previsão de encontro com outros chefes de Estado. Na quarta-feira (25), Dilma fará o encerramento de um seminário sobre oportunidades em infraestrutura no Brasil e embarca de volta para Brasília.
Edição: Talita Cavalcante
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