Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou hoje (19) deputados e senadores de que o debate sobre o aumento de recursos para a área de saúde tem que incluir medidas de controle e acompanhamento de gastos e prever, claramente, o destino desse dinheiro. Durante uma sessão temática no Congresso para discutir formas de financiamento da área, Padilha defendeu mais investimento na atenção básica e explicou que o governo tem priorizado o setor e conquistado resultados históricos, segundo ele.
“A saúde começa antes do hospital, na atenção básica, com agentes de saúde, enfermeiros, médicos e nutricionistas. Não só ampliamos o investimento per capita nos últimos dez anos, como também estados e municípios colocaram mais recursos e como aumentamos os recursos para atenção básica, oferta de medicamentos e vacinas”, disse, ao destacar que os investimentos na atenção básica foram maiores que aqueles executados dentro de hospitais.
Padilha disse que o Brasil conquistou a meta de redução da mortalidade infantil quarto anos antes do prazo definido pelos Objetivos do Milênio e explicou que com os investimentos em prevenção o país vem reduzindo significativamente a necessidade de internações. “É preciso cuidar da saúde das pessoas, não só das doenças. Colocamos novas vacinas que reduziram 30% doenças diareicas entre crianças”, exemplificou.
Ao rebater críticas sobre os reajustes das tabelas do Sistema Único de Saúde (SUS), o ministro garantiu que os valores têm sido revisados anualmente. Segundo números da pasta, em 2011, 96 procedimentos foram reajustados. Em 2012, 164 procedimentos e, em 2012, 63 procedimentos.
“Desde 2003, governo federal cumpre todo ano o que está estabelecido na Emenda 29. Os investimentos da União levaram ao aumento de 66% do investimento per capita na área de saúde”, explicou.
Padilha ainda defendeu o Programa Mais Médicos, ao afirmar que milhões de brasileiros ainda não têm atendimento medico no país. “O Mais Médicos é o primeiro passo para uma profunda transformação do serviço público de saúde e é o passo mais corajoso.”
O Mais Médicos é um dos projetos em análise no Congresso Nacional que também analisa propostas que garantiriam, por exemplo, uma porcentagem de 10% da receita bruta do governo para a área de saúde.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lembrou que a realidade em muitas unidades de saúde do país é caracterizada pelas longas filas, descaso, desconforto, falta de médicos e de medicamentos. “A situação atinge mais dolorosamente a população de menor poder aquisitivo. O sistema público de saúde tem, além da responsabilidade legal, compromisso moral com os menos favorecidos.”
Edição: Talita Cavalcante
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil
Em sessão temática, deputados e senadores debatem sobre recursos para a saúde
TCU faz auditorias preventivas para avaliar gastos em educação e saúde
Dilma Rousseff diz em Uberlândia que Brasil não negocia saúde
Mais Médicos deve ampliar em 200 mil pessoas cobertura da atenção básica da saúde do estado do Rio
Formação de médicos em Cuba prioriza atenção básica
Ministério da Saúde aumenta valor do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica