Médica espanhola diz que precisa de pouco para atender pacientes do Mais Médicos

19/09/2013 - 17h09

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O médico de família precisa de suas mãos e sua cabeça para trabalhar. As outras coisas são complementares. A opinião é da médica espanhola Amaia Foces, que tem especialidade em medicina da família e comunitária, e experiência de mais de 12 anos no Reino Unido. Apesar de reconhecer as dificuldades enfrentadas por muitos municípios, ela rebate as críticas ao Programa Mais Médicos, segundo as quais falta estrutura para nas cidades escolhidas pelo Ministério da Saúde.

“Os remédios básicos vocês têm no Brasil, e não precisa de uma medicação muito especializada. Para 95% dos problemas que a gente vai ver, eu tenho as minhas mãos, os meus olhos e a minha cabeça, e não preciso de nada mais, só um estetoscópio", diz Amaia Foces. Para ela, que vai para o município de Itaguaí, na região metropolitana do Rio, a expectativa é de ajudar a população que mais precisa de assistência. “Eu estou entusiasmada com a paixão do pessoal da saúde aqui, da assistência básica, a emoção que eles estão colocando, os esforços de melhorar a saúde, eles estão perto da população”, disse.

Amaia faz parte do grupo de 12 médicos, com diploma no exterior, que vai atuar no estado do Rio. Após as quatro semanas de curso, os profissionais passaram por mais uma semana de ambientação para conhecer os equipamentos da rede estadual. A superintendente de Atenção Básica da Secretaria de Estado de Saúde, Andrea Mello, explica que, desde segunda-feira, os médicos assistem a palestras e fazem visitas às unidades.

A visita de hoje (19) foi ao Centro de Diagnóstico por Imagem. Na próxima segunda-feira, os profissionais chegam aos municípios, onde passam por nova ambientação e começam a atender a população. No Rio de Janeiro, 69 municípios aderiram ao programa, solicitando 506 médicos. Na primeira etapa, foram 72 médicos alocados em 29 municípios, entre eles 12 estrangeiros.

 

 

Edição: Beto Coura
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