Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje (4) que os erros cometidos na Guerra do Iraque, de 2003 a 2011, não serão repetidos na Síria. Em visita a Estocolmo, na Suécia, ele reiterou a necessidade de uma intervenção militar na Síria e disse que a comunidade internacional “não pode ficar em silêncio” depois das denúncias de uso de armas químicas na região. Obama lembrou que a resolução sobre a ação militar será votada pelos senadores no próximo dia 9.
“Fizemos a nossa avaliação [com o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt] e estamos de acordo que perante tal barbárie a comunidade internacional não pode ficar em silêncio”, disse o presidente. Para ele, "não reagir a esse ataque só irá aumentar o risco de mais ataques e a possibilidade de outros países usarem também essas armas.”
Obama ressaltou que todos os cuidados serão tomados. A guerra no Iraque foi provocada, segundo os norte-americanos, porque havia a produção de armas de destruição em massa na região. Na Síria, o argumento é que são usadas armas químicas contra civis.
“Sou uma pessoa que se opôs à guerra no Iraque. E não estou interessado em repetir os erros de basearmos decisões em informações imprecisas”, disse o presidente norte-americano, em entrevista ao lado do primeiro-ministro sueco. “A memória do Iraque e das acusações sobre a existência de armas de destruição em massa persiste, e as pessoas estão preocupadas sobre a exatidão dessas informações [o uso das armas químicas]”, acrescentou.
A previsão é que no próximo dia 9 o Senado vote a resolução, determinando prazo até 90 dias para a ação militar nos Estados Unidos. “Penso que o Congresso irá aprovar porque se a comunidade internacional não conseguir respeitar certas regras, passado algum tempo o mundo irá se transformar em um lugar menos seguro”, ressaltou.
Reinfeldt disse que a Suécia condena "nos termos mais fortes" o uso de armas químicas na Síria. “É uma clara violação da lei internacional. Os autores [dos ataques com armas químicas] devem ser responsabilizados”, disse.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Edição: Graça Adjuto
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