Manifestação de sindicatos fecha a Avenida Paulista em São Paulo

30/08/2013 - 17h39

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Sindicalistas fazem uma manifestação na Avenida Paulista, na capital paulista, contra o Projeto de Lei (PL) 4.330, que altera as relações de trabalho, e contra o fator previdenciário. O ato interdita, na região do Museu de Arte de São Paulo (Masp), todas as faixas de tráfego da via nos dois sentidos.

Estão presentes cerca de mil manifestantes, segundo a Polícia Militar, principalmente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Sindicato dos Químicos, do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Sindicato dos Bancários de São Paulo e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

“O que esse PL quer fazer é levar a realidade do trabalhador terceirizado para todos os trabalhadores. Nós não vamos aceitar que isso passe no Congresso de jeito nenhum. Vamos denunciar como traidor da classe trabalhadora todo deputado e deputada que votar no 4.330. Vamos pedir para o trabalhador e trabalhadora não votar neles nas eleições do ano que vem”, disse o presidente da CUT, Wagner Freitas.

Outra reivindicação das centrais é o fim do fator previdenciário e a substituição do modelo por uma nova fórmula para o cálculo das aposentadorias. “O fator previdenciário surrupiou, no governo Fernando Henrique, o direito do trabalhador e da trabalhadora brasileira de se aposentar. Chega na hora de requerer a aposentadoria, o trabalhador não requer. Ele não tem condição de se aposentar porque a remuneração é baixa”, destacou.

O ato faz parte do Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das Centrais Sindicais. As manifestações de hoje ocorrem 50 dias após o ato nacional de julho. A pauta unificada dos trabalhadores inclui, entre outros pontos, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim das terceirizações.

 

Edição: Aécio Amado

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