Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) caiu 2,8% no trimestre findo em agosto, na comparação com mesmo período do ano passado. A queda, no entanto, é menor do que a registrada (-3,4%) no trimestre findo em julho. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou hoje (28) os dados, a recuperação do indicador sugere o retorno do setor a um ritmo de atividade moderado no terceiro trimestre de 2013.
Os dados mostram também que a principal contribuição para o resultado de agosto veio do indicador que mede o grau de satisfação em relação ao momento atual, que havia caído fortemente em julho, sob influência das manifestações populares.
A variação interanual trimestral do Índice da Situação Atual (ISA-COM) passou de -4,6% em julho, para -3,5%, em agosto. Na comparação interanual em termos mensais, as taxas de variação do ISA-COM passaram de -7,7% para 0,8%, entre julho e agosto. Na média do trimestre findo em agosto, 16,4% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 23,1%, como fraca. No mesmo período de 2012, estes percentuais haviam sido de 19,4% e 22,7%, respectivamente.
As perspectivas em relação aos meses seguintes tiveram pouca alteração. O Índice de Expectativas (IE-COM) variou -2,5% no trimestre que terminou em agosto, na comparação com mesmo período de 2012. No trimestre findo em julho, a taxa havia recuado 2,6% ante o mesmo período do ano passado. Na comparação interanual mensal houve piora relativa, com a taxa passando de -1,6% para -2,2%.
O indicador que mede o otimismo em relação às vendas nos três meses seguintes foi o que mais contribuiu na piora do Índice de Expectativas (IE-COM), ao manter variação de -3,3%. Já a taxa de variação do indicador sobre tendência de negócios nos seis meses seguintes passou de -2,1% para -1,7%, no mesmo período.
O Varejo Restrito que havia recuado 5,9% no trimestre findo em julho, na comparação com o mesmo período, teve queda menor em agosto de 4%, ante igual período de 2012. No Varejo Ampliado, que inclui veículos, motocicletas, partes e peças, a taxa variou de -4,7% para -3,6%, respectivamente, nos mesmos períodos.
Ainda segundo a FGV, o resultado geral da pesquisa indica que o setor opera em ritmo de atividade moderado, com possibilidade de melhora ao longo do terceiro trimestre.
Edição: Denise Griesinger
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