Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Com carreatas que partiram das quatros regiões da cidade rumo ao Viaduto do Chá, em frente à sede da prefeitura, as empresas e pessoas físicas que fazem o transporte de alunos da rede municipal de ensino protestaram hoje (22) contra o valor pago pelo serviço.
A categoria reivindica a correção tanto do repasse feito por criança transportada, de R$ 36,88 para R$ 80,00, quanto do referente ao quilômetro rodado, de R$ 0,25 para R$ 1,10, segundo informou Hélio Menezes, presidente da Associação Regional do Transporte Escolar de São Paulo da Zona Sul (Artesul), à frente de uma das quatro carreatas que saíram da Avenida Interlagos, depois de concentração por volta das 7h.
“Estamos trabalhando com prejuízos e custos elevados”, justificou, ao revelar que existem atualmente 2.012 veículos fazendo o transporte escolar e em torno de 4 mil operadores. Pelos cálculos dele, a manifestação reuniu em torno de 800 veículos. A que saiu da zona sul somava 150, acrescentou.
Essa região, junto com a oeste, onde a concentração ocorreu no bairro de Pirituba, tinha 32 quilômetros de congestionamento por volta das 9h30, liderando naquele horário o total de vias com lentidão. Da zona norte, o movimento saiu do Campo de Marte e da zona leste, do Parque do Carmo.
De acordo com Hélio Menezes, em reunião no último dia 20 entre os membros da Comissão Permanente de Negociação, representantes da categoria e da prefeitura não houve acordo, embora o prefeito Fernando Hadad tenha se comprometido a rever a situação financeira do setor em um prazo de três meses que, segundo ele, já expirou.
Em nota, a prefeitura de São Paulo informou que concedeu reajuste 15% no último mês de maio. Além disso, segundo o comunicado, desde o começo do ano uma equipe técnica de servidores tem discutido com representantes da categoria melhorias nessa prestação de serviço que atende a 71 mil alunos das escolas públicas municipais. Uma nova proposta de reorganização deverá ser implantada a partir do início do ano que vem, diz a nota.
Edição: Graça Adjuto
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