Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Bogotá - Vários movimentos sociais e sindicatos agrícolas colombianos fizeram hoje (19) um protesto nacional, com marchas, caminhadas e bloqueios, em várias regiões do país. A manifestação é formada por produtores dos setores agropecuários, caminhoneiros, mineiros e indígenas.
Os manifestantes pedem melhores condições de trabalho, salários, redução nos custos de transporte, revisão de regras do trabalho formal, e no caso dos produtores agrícolas, aumento de subsídios fornecidos pelo governo. O protesto de hoje é feito em um dia de feriado nacional e o governo informa que a situação está controlada.
Não há informações sobre enfrentamentos violentos entre Exército, polícia e manifestantes. “Se há concentrações pacíficas, vamos garantir que os protestos ocorram”, disse hoje em uma entrevista coletiva o ministro do Interior, Fernando Carrillo. “É muito importante lembrar que o que reprovamos é a violência e os bloqueios nas rodovias”.
O ministro também disse que neste momento a negociação com os manifestantes está aberta. “Estão abertas as mesas de diálogo com todos os setores, com os indígenas, caminhoneiros e cafeicultores e vamos seguir em diálogo sempre e quando os protestos forem pacíficos”, disse Carrillo.
Os protestos receberam apoio das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Até o momento, segundo o governo, foram detidas 22 pessoas por perturbação da ordem pública. Em Boyacá houve queima de ônibus e uso de tratores para bloquear as rodovias. Segundo a polícia na região, alguns pontos de concentração exibiam cartazes das Farc.
Os protestos se concentram principalmente em vias dos departamentos de Putumayo, Nariño, Cauca e Boyacá. Na semana passada o vice-presidente do país, Angelino Garzón, disse que suspenderia os subsídios caso a manifestação coletiva fosse feita hoje.
Edição: Fábio Massalli
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